segunda-feira, 4 de abril de 2011

Apaga as luzes do mundo

Apaga as luzes do mundo,
Hoje somos só nós dois.
Vamos fazer da noite o fundo
De um amor só por si mudo,
Porque para cego já basto eu.
Contrario os meus passos,
Esforço-me para andar para trás.
És sem querer um dos fracassos
Que por dentro me desfaz.
Mas só se quiseres o serás.
Estico-te a mão outra vez,
Aceita-a, faz-me feliz,
Faz o que mais ninguém fez,
Porque sempre foste o que quis.
Sonho-te a olhar para mim,
Nos sonhos não há limites.
Dizes que também sonhas assim
E que me queres vezes sem fim.
Os teus olhos dizem o que a boca cala,
O meu olhar grita
E o teu corpo fala.
De alma aberta,
Digo que te quero.
Sem saber de mim,
Digo que te espero.
Será este um amor só meu?
Um amor que ainda espero no escuro.
Sem sentires, dizes que não é teu,
Falas como quem nunca sofreu
A amargura de um amor puro,
Que só por si se faz inseguro.
Hoje,
Ainda te quero, mas já não te espero.
Nem sei se algum dia serás parte de mim.
Mas jamais esquecerei que te amei assim!