terça-feira, 1 de abril de 2008

Quem percebe?

Quem percebe o que é certo ou errado?
Quem percebe do que é feito o pecado?
Folhas gastas com tinta, em vão.
Amor, sonho escrito no vento,
com um leve sopro de ilusão.
Gasto-te no pensamento,
quero-te, queres-me, sinto, sente.
Vive nesta alma para sempre.

Não negues que me queres,
não negues que me sonhas,
não toques, não me imponhas.
Consome-me quando sentires.
Ama-me apenas quando vires,
que sou a tua respiração.

Bates neste coração, sonho que quero,
estico os dedos desta mão, desespero.
Grito-te aos ouvidos que és tudo,
limpo a recordação de um amor bruto.
Sabor a quase tudo, quase nada,
procura infinita ao que estou amarrada.

Vivo-te, vive-me, chora saudade,
choro-a eu também.
Lágrimas que me caiem de verdade,
por ser o amor da vontade.
Arranca-me a dor, sinto-a assim,
funde-te em mim.
Sussurra baixinho,
«quem percebe que amor é este?».
Sei que o sinto, que o quero.
Em palavras diferentes o escreveste,
com a certeza que só tu o leste.

1 comentário:

LeiD disse...

caminhas para a perfeição
bj