sexta-feira, 14 de março de 2008

Assim!

Escondi-me na noite, silêncio escuro.

Sozinha por sorte, sinto o ar puro.

Deixo-me envolver, neste lugar seguro.

Esqueço, não minto, com o frio já não sinto.

Lembranças tardias, em pedras tão frias.

Lugar só meu.

Acolho nas asas o suspiro que é teu.

Dor de uma ferida que sempre doeu.

Transporto-as comigo, agarradas a mim,

sem risco, sem perigo,

porque a minha noite é assim.

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